quarta-feira, 31 de março de 2010

Viúvas do golpe de 1964

Esta charge vai ao ar em preto e branco, nos moldes do semanário carioca O Pasquim, principal usina de cartunistas da resistência que, a partir de 1969, dirigido por gente como Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo, infernizou os milicos com sua inteligência e senso de humor. Falta um Pasquim na boçalidade pasteurizada do Brasil de hoje!

terça-feira, 30 de março de 2010

Níver da "Redentora" - 45 anos

Esta charge é antiga, mas o que ela evoca não perde a atualidade na História e nem na memória de todos os brasileiros que sofreram as violências da ditadura militar que ensaguentou o Brasil de 1964 a 1985. Comecei a publicar charges em 1974 (Médici) no jornal "A Tribuna", de Santo Ângelo (RS), aos 15 anos de idade, e já tive problemas com a censura. No mesmo ano, Juska me apresentou ao Fraga e ao Edgar Vasques em Porto Alegre, editores do caderno "Quadrão", da extinta Folha da Manhã (Caldas Jr.), que passaram a me publicar eventualmete como um talento novinho. Em 1975, ainda em S. Ângelo, mas em outro jornal, este de oposição, fui levado duas vezes pra interrogatórios do DOPS. Respondi umas perguntas nada a ver, levei uns tapas e me mandaram embora, mas houve colegas de jornal que nunca mais voltaram. Depois disso, e muito brabo, eu fui procurar saber o que era guerrilha no Araguaia, jornal "Voz Operária", Rádio Moscou em português, linha maoista, cooptação de camponeses, ditadura do proletariado... Bobagens que eu não soubera responder na polícia.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Brasil, a Piorlândia musical


Quando veio aquela lama de música neo-sertaneja no rastro da novela Pantanal, ali por 1990,
eu pensei que a breguice musical do Brasil tinha chegado ao fundo. Aí vieram os pagodeiros e as eguadinhas pocotó, e eu disse: pior não pode ficar. Chegou o funk e comprovou que podia ficar pior, sim. Depois dessa, fiquei em silêncio, que era pra não alertar mais nenhum mal remanescente que pudesse espreitar das sobras, digo, da metástase da cultura nacional. Mas o bicho tava lá, na forma de música sertaneja religiosa. Isso é que é indústria cultural pujante!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Alemão Blau - BBB



Alemão Blau é um personagem surgido em 1986, por sugestão do Iotti, pra acompanhar o gringo Radicci no jornal O Interior, da Fecotrigo. É um tipo rural, ambientado em zona de minifúndio e produção diversificada do RS. Mas atua num vasto leque temas. Já tem dois livros, um editado pela Sulina (1989) e outro pelo Jornal das Missões (2001). Já foi tema de dissertação de mestrado pela UFRGS.