Esta charge é antiga, mas o que ela evoca não perde a atualidade na História e nem na memória de todos os brasileiros que sofreram as violências da ditadura militar que ensaguentou o Brasil de 1964 a 1985. Comecei a publicar charges em 1974 (Médici) no jornal "A Tribuna", de Santo Ângelo (RS), aos 15 anos de idade, e já tive problemas com a censura. No mesmo ano, Juska me apresentou ao Fraga e ao Edgar Vasques em Porto Alegre, editores do caderno "Quadrão", da extinta Folha da Manhã (Caldas Jr.), que passaram a me publicar eventualmete como um talento novinho. Em 1975, ainda em S. Ângelo, mas em outro jornal, este de oposição, fui levado duas vezes pra interrogatórios do DOPS. Respondi umas perguntas nada a ver, levei uns tapas e me mandaram embora, mas houve colegas de jornal que nunca mais voltaram. Depois disso, e muito brabo, eu fui procurar saber o que era guerrilha no Araguaia, jornal "Voz Operária", Rádio Moscou em português, linha maoista, cooptação de camponeses, ditadura do proletariado... Bobagens que eu não soubera responder na polícia.
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ResponderExcluirG-nial a charge Bier,
Os milicos eram canibais também?!
Ahahah!
abTraços fortchê, mas com ternura!
Nossa geração de cartunistas foi forjada no fogo da ditadura, Tonho. Mas contra ela.
ResponderExcluirE ainda tem muito saudosista por aí, e não são 2 ou 3...
ResponderExcluirAbraço!
Grande cartum!
ResponderExcluirSempre fui ruim em aritmética, mas acho que são 46, não?
Abraço
A Direita te levou para a Esquerda...
ResponderExcluirErrei o aniversário da mardita, Lengo. Mas eu sou ruim de cálculo desde pequeno. O primeiro cálculo bom eu fiz só este ano - e foi na vesícula. Então fica o erro pra contemplar a tua preciosa correção.
ResponderExcluirE, sim, Jens. Como uma legião de nós, eu também fui empurrado pra esquerda pela mão cabeluda da direita.
A direita levando para a esquerda...
ResponderExcluira esquerda levando para a direita...
Argh! Política hoje não se compara com a ditadura...
Hoje penso:onde estão as diferenças entre esquerda e direita? Dê poder e tudo fica igualzinho.
Sarney já dizia quando era presidente:
ResponderExcluir- O poder é como o violino: a gente pega com (o discurso da) a esquerda, mas toca com a direita.